sexta-feira, 21 de março de 2014

Pesadelo




Ontem à noite tive um sonho horroroso,
Desci ao um reino surreal e enigmático.
Depois de lutar com o corpo estático
Pelo desobediente sistema nervoso.

Assim fiquei desesperado e receoso.
Não sentia o simpático e o parassimpático.
A crença se desfez no realismo prático
E o meu ceticismo num drama pesaroso.

Preso nos ossos, neurônios e músculos...
Nos aminoácidos e organismos minúsculos
E outras estruturas do corpo compacto –

Átomos unidos por ligação covalente.
O ego quis explodi-lo, e não ser penitente,
Mas o cárcere de carne continuou intacto.


*Todos os direitos reservados a Rodrigo Azenha 

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